COLHEITA
Na desordem do tempo
Coração tão bondoso,
quis declarar guerra ao mundo
no escuro perde as lanças certeiras.
Menina abra os olhos
não faças besteiras!
Em sua frente, muita terra vermelha...
Suje os pés, deixe novas pegadas,
ascenda essa luz que apagastes
já tens uma farta colheita!
Em suas mãos aqueça os frutos,
doce ou azedo,
experimente brinques, viva, explore!
O sol brilha, a chuva molha,
estas pronta
para novas colheitas!
De seus frutos,
plante as sementes...
Rosangela Moraes