AINDA
AINDA

AINDA

Ainda que,

se o acaso falhar

e a consciência se afaste de mim.

Que não faltem,

as risadas frequentes o respeito das gentes.

Que baste o vento na face, salivando hálitos vivos!

Que beire as dúvidas, nessa espera incessante,

sem pressa ou espanto, nada fora pronto!

Ainda que tenha, que lustrar o espelho,

com eminentes passos,

no reflexo imponente

reconheço meus traços.

                          Rosangela Moraes